Etapas construtivas e montagem de casas em wood frame

Engenharia e Arquitetura - Etapas construtivas e montagem de casas em wood frame - Jundiai - Itupeva - SP

Fundação:

deve ser escolhida em função das cargas de projeto e do tipo de solo existente. Em alguns países que possuem inverno rigoroso, a fundação das casas em wood frame é composta por estruturas subterrâneas de paredes, tecnicamente chamadas de “basement wall”, que formam compartimentos abaixo do nível do solo (com pelo menos 60 cm ou 2 pés), e estes servem para aumentar a temperatura das casas, pois nesta cota o congelamento não afeta o conforto térmico dos cômodos subterrâneos.

Segundo Nanami et al. (1998) essas dimensões levam em consideração, além de outros fatores, a ventilação no compartimento subterrâneo. Essa técnica é usada principalmente pelos norte-americanos. O basement wall sustenta cargas de piso, paredes, telhados e outras cargas da construção, e pode ser construído tanto em madeira como também em concreto, sendo o concreto mais utilizado. Neste tipo de fundação também é muito comum a utilização de vigas de madeira com seção I sobre o basement wall para a sustentação e distribuição das cargas provenientes da edificação. A transmissão das cargas verticais, neste caso, acontece de forma não concentrada o que torna a fundação uma etapa bastante rápida e econômica.

A estrutura principal utilizada nas casas em wood frame é de madeira e distribui as cargas ao longo das paredes. Pelo fato da estrutura sobre a fundação ser leve e com cargas distribuídas ao longo das paredes, uma boa solução para a fundação é o radier ou ainda a sapata corrida. Em países com clima tropical como o Brasil a utilização de basement wall também pode ser muito interessante para garantir o contorto térmico da edificação, principalmente daquelas construídas em regiões muito quentes.

Pisos:

nos pavimentos superiores das casas em wood frame são utilizados decks constituídos por chapas de OSB (Orinteded Strand Board) apoiadas sobre vigas de madeira geralmente com seções retangulares ou I (com mesas formadas por madeira maciça ou LVL (Laminated Venner Lumber) e alma de OSB ou compensado). A utilização de vigas I, neste caso, é interessante, pois proporcionam pisos leves e eficientes, que resistem aos esforços de flexão decorrentes das ações de peso próprio e acidentais.

As ligações coladas (com resinas estruturais) entre a alma e as mesas da viga I, neste caso, são rígidas e, com isso, o deck, ao receber as cargas, que são perpendiculares ao seu plano, apresenta pequenos deslocamentos. Além disso, sobre o deck de madeira utilizam-se revestimentos de carpetes ou pisos engenheirados com manta intermediária para garantir a isolação acústica.

A chapa de OSB que compõe o deck funciona, neste caso, como contrapiso. Além disso, nas áreas úmidas utilizam-se chapas cimentíceas coladas diretamente sobre contrapiso de OSB, sendo que sobre as chapas cimentíceas aplicase, por pintura, uma impermeabilização do tipo membrana acrílica impermeável. Nas juntas entre as placas cimentíceas, bem como nos cantos com as paredes, aplica-se fibra de vidro com estruturante. Sobre a impermeabilização coloca-se o piso frio com argamassa colante. De acordo com a Revista Téchne (LIGHT wood frame..., 2009), em alguns casos, na composição dos pisos das áreas úmidas utilizam-se também chapas de compensado naval ou impermeabilizantes a base de resina de mamona para a madeira ao invés de chapas cimentíceas. Por outro lado, no piso do primeiro pavimento aplicamse as técnicas tradicionais de alvenaria. 

Paredes:

são compostas por montantes verticais de madeira, dispostos em consonância com painéis de OSB. As ligações entre os elementos estruturais no painel são efetuadas pela utilização de pregos, sendo que estes elementos metálicos de fixação devem necessariamente ser galvanizados, uma vez que deverão ter longa vida de serviço. Em alguns países como, por exemplo, no Chile são utilizados grampos para fixação entre os elementos que compõem o painel.

É importante esclarecer que existe, principalmente no Brasil, o preconceito de que construir com madeira e pregos implicada num processo primitivo e de baixa qualidade. Nos países em que a madeira é bastante utilizada o prego é considerado ótimo recurso para fixação. Ainda segundo a Revista Téchne (PRONTA entrega..., 2009), no wood frame são utilizados pregos do tipo ardox ou do tipo anelado que dificultam o arrancamento, especialmente em madeiras macias como as utilizadas nos painéis em wood frame (coníferas). Para as aberturas de portas e janelas os montantes que se encontram nestas regiões devem ser deslocados lateralmente, mas nunca eliminados.

Para evitar a necessidade de ar condicionado e minimizar o uso de energia elétrica, deve ser, sempre que possivel, elaborado um projeto arquitetônico que facilite a ventilação e a iluminação natural. O piso superior da edificação é apoiado nas paredes, que solicitam os montantes na direção paralela às fibras e estes descarregam os esforços no pavimento inferior ou fundação. Devido à rigidez das paredes e pisos nos seus planos o wood frame tem grande capacidade de resistir aos esforços de vento.

Com os esforços horizontais, a parede frontal ao vento é solicitada perpendicularmente ao seu plano, resultando em esforços de flexão nos montantes e chapas de OSB. Essa parede transfere os esforços para os pisos superior e inferior que receberão esses esforços como carga distribuída. Admite-se, neste caso, por simplificação, o piso como sendo uma viga horizontal submetida ao esforço de flexão transferido pela parede. A cortante que surge nesta viga deve ser resistida pelo conjunto formado pelas chapas de OSB e as vigas que compõem o piso. A ligação entre esses elementos são definidas em função dessa cortante. Essa viga horizontal de piso distribui as cargas nas paredes laterais que deverão ser dimensionadas pelo cisalhamento e por isso são chamadas de shear wall.

Sistema elétrico e hidráulico:

pode ser idêntico ao de uma construção convencional, mas em comparação com as construções com alvenaria o uso de paredes agrega praticidade e agilidade à construção em eventuais reparos ao permitir embutir as instalações nos vãos internos aos montantes.

 

Revestimentos:

podem ser utilizados tanto dentro quanto fora da casa. As paredes externas, por exemplo, podem ser revestidas com sidings de aço, madeira e PVC, desenvolvidos especificamente para este sistema, mas também podem ser utilizados outros tipos de materiais como placas cimentíceas que dão um acabamento semelhante ao da alvenaria, além de tijolos aparentes e argamassa armada.

O revestimento tipo “TYVEK” tem a função de proteger o sistema das intempéries (por exemplo, contra umidade), mas, de uma maneira geral, o revestimento visa também atender os requisitos de arquitetura e funcionar como isolante térmico. Nas áreas expostas a água como, por exemplo, banheiro e cozinha são utilizadas placas cimentíceas com selador acrílico anti-fungo e pintura de resina acrílica pura, ou ainda placas de gesso acartonado revestidas com azulejo.

Além disso, devem ser utilizados nas paredes mecanismos que garantam a estanqueidade do sistema. Por outro lado, para melhorar o desempenho térmico e acústico do sistema são utilizadas mantas de lã de vidro no interior dos painéis wood frame.

Contraventamento:

o sistema de contraventamento vertical da edificação é feito com a fixação de placas de OSB nas faces externas das paredes. Assim as paredes em wood frame funcionam também como um sistema de contraventamento (ação diafragma).

Telhado:

sobre as paredes do último piso da edificação são, geralmente, posicionadas treliças industrializadas de madeira com conectores do tipo chapas de dentes estampados. Dependendo do tipo de telha utilizada, o espaçamento entre as treliças pode variar entre 60 cm e 120 cm (por ser uma estrutura leve de cobertura há um alívio das cargas nos nós das treliças diminuindo o espaçamento entre elas).

A partir da utilização de treliças industrializadas é possível reduzir o peso da cobertura em até 40%, pois as seções dos elementos que a compõem são de pequenas dimensões (3 cm x 7 cm). O banzo inferior das treliças nem sempre é o nível de referência para aplicação do forro. Alguns tipos de telhas como, por exemplo, as telhas shingle demandam um deck de OSB para servir de base sobre as treliças.

No caso das telhas cerâmicas são utilizadas diretamente ripas sobre as treliças tomando-se o cuidado de se aplicar uma manta de sobcobertura antes do ripamento para garantir a estanqueidade. Podem ainda ser utilizadas telhas metálicas, de fibrocimento e asfálticas. Calil Junior e Molina (2010) apresentam algumas recomendações para a construção de telhados em estruturas de madeira.

 


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